quarta-feira, 11 de abril de 2007

A segunda mais importante profissão

A segunda mais importante profissão

A atividade de empresário, segundo um trabalho de pesquisa realizado pela ONU, foi considerada a única, entre milhares de profissões, 6460 se estou bem lembrado, que gera valor. Assim, sem dúvida, é a mais importante. Considera-se empresário todo aquele indivíduo que se responsabiliza de forma autônoma por si e que gera oportunidade para outros poderem de forma direta obter ganhos ou pelo menos seu sustento. Isso engloba desde o pequeno agricultor com sua “empresa familiar”, até sócio-executivos de grandes corporações internacionais. Trata-se de uma constatação difícil de ser aceita em certos ambientes. Especialmente no Brasil onde o primado social, desde os tempos do Império, é da tecnoburocracia estatal e paraestatal. O que, diga-se de passagem, não ocorre em nenhum país desenvolvido. Neles não foi invertida a ordem – o Estado permanece servindo a sociedade e não como acontece no Brasil – o Estado se serve dela.

Tenho refletido muito sobre qual seria a segunda profissão mais importante. Conclui que é a de professor. Especialmente o universitário, já que ele é formalizador do “rito de passagem” que ocorre entre a infância, adolescência e a vida adulta. Em outras palavras, eles têm diretamente a responsabilidade de treinar e desenvolver milhares de jovens, de maneira que estes assumam a mais importante das profissões. Se trabalharem bem, em geral, a universidade formará um grande número de empresários. Se não o fizer, limitará seus alunos. Um sintoma para avaliação é verificar quantos empreendedores, que querem ser empresários, se formam todos os anos e quantas pessoas que pensam apenas em buscar emprego ou pior, futuros frustrados, “concursistas”.

No Brasil, assim como o empresário não tem consciência da importância de seu papel, já que aceita e é conivente com a perversa situação do primado social ser da burocracia estatal e não dele, as instituições públicas e privadas de ensino superior que pesquisei, não se dão conta da importância social do professor. A atividade, na nossa história mais recente, desde a década de 60 é mal remunerada, mal tratada, ignorada em suas contribuições, mal vista, a ponto acabar atraindo um tipo de profissional inadequado para exercer, reiterando, a segunda mais importante das profissões. Em boa parte dos casos, as exceções apenas o confirmam, a atividade se tornou opção de quem não tem opção, ou seja, quem não tem coragem para ser um empresário ou fazer carreira numa empresa, ou ainda não passou em algum concurso, vira professor universitário.

E agora as boas notícias. Como no Brasil boa parte do ensino superior é privado, temos a excepcional oportunidade de modificar aceleradamente este estado de coisas. É rápido e fácil decidir pela mudança. Basta treinar os professores, mesmo os que o são por falta de opção, na metodologia do Coaching Integrado, desenvolvido por Rhandy Di Stefano. Não me iludo que tomada a decisão, magicamente as coisas vão acontecer. Conheço a imensa resistência a mudanças que existe no meio acadêmico, mas como a metodologia necessária está disponível, é de fácil acesso e absorção e uma vez a pessoa tendo tomado contato com ela, são proporcionadas significativas melhoras para ela, a sua multiplicação se dará rapidamente dentro da universidade. Assim, a grande mudança que tanto precisamos também irá ocorrer devido à imensa força multiplicadora das Instituições de Ensino Superior. Duvida? Então experimente...

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