domingo, 15 de agosto de 2010

Sucesso, qualidade de vida e generosidade

Sucesso, qualidade de vida e generosidade

Numa interessante análise realizada com grupo de pessoas com patrimônio acima de 300 milhões de dólares, entre as muitas coisas pesquisadas, o que chama mais atenção é pode ser feita uma nítida divisão entre os que tinham uma vida plena, com um grande sentido e os demais, que apesar de ricos, não eram felizes e a razão disso.

Entre os que estavam bem consigo mesmos, os felizes, se apresentaram algumas coisas em comum, destacando-se a generosidade e a ambição, que se manifestavam através de uma postura de preocupação com os demais e de uma constante busca da evolução, ou seja, uma sadia e variada inquietude, de crescimento em algum setor de sua vida, pessoal ou espiritual.

Já do outro lado, entre os não felizes e até frustrados, apesar da sua situação financeira, existia em comum a extrapolação da ambição, ou seja, a ganância, o uso unilateral dos outros, a excessiva preocupação consigo mesmos - um enorme egoísmo que se manifestava através de um nítido egocentrismo.

Obviamente, a qualidade de vida do primeiro grupo era imensamente melhor que a do segundo, até porque o dos frustrados ainda sempre manifestava a ocorrência de tragédias significativas, acidentes, familiares envolvidos com drogas ou extremamente revoltados ou algo do gênero. Como se fosse um castigo. Pelo menos esta foi a maneira como descreveram.

O que será causa e o que é conseqüência? Sem dúvida, a postura egocêntrica é a desencadeadora da desgraça. Não se trata de castigo divino, mas é o resultado de uma dinâmica negativa que se formaliza através ou em alguém mais fraco, ingênuo ou menos preparado para a vida.

Isso pode ser modificado? As experiências desenvolvidas com os que estão sendo chamados de frustrados mostraram que, nitidamente, repensar a ganância e o egocentrismo faz todo o sentido.

Para tornar isso um hábito, precisa sentir o quanto é positivo. Uma forma interessante de exercitar a generosidade e ao mesmo tempo a empatia, por assim dizer, o reverso do egocentrismo, é ajudar algum amigo, um conhecido, que esteja em dificuldades. E não apenas com conselhos ou lições de moral. Deve ser financeiramente, por que o dinheiro é a manifestação concreta ao redor da qual gira a vida do egocêntrico – seja de forma consciente ou inconsciente. E por isso ele precisa ser dado a outros. E porque algum amigo? É menos difícil exercitar com alguém próximo o dar “de coração”, ou seja, precisa sentir organismicamente – em todo seu corpo - que vai fazer uma coisa boa para ele mesmo!

Com o tempo a pessoa tende a observar ganhos tão significativos na sua qualidade de vida que irá fazer isso inclusive com estranhos.

O retorno foi tão significativo que a atividade foi recomendada inclusive para os integrantes do primeiro grupo, o dos já felizes, reforçando ainda mais sua qualidade de vida.

Portanto, independente em qual grupo de pessoas nos encontramos, é altamente recomendável a terapia de busca da realização via a generosidade e assim uma espécie de “salvo conduto” em relação a tragédias futuras.

Se for a primeira vez, vale a sugestão da escolha recair sobre alguém da relação da pessoa, desde que esta esteja em dificuldade e a ela seja feito um empréstimo significativo, recomendando apenas que o beneficiado pague quando puder e que passe a fazer o mesmo por outros. Quando esse e outros empréstimos na mesma linha retornarem, pode-se usar o dinheiro para apoiar desconhecidos. O ciclo positivo, a satisfação pessoal que o que o estudo demonstrou que se irá perceber, gerará um sentido de plena realização da sua vida e, interessantemente, o retorno não é só esse. A pessoa fica mais rica ainda.

Essa é uma das explicações porque pessoas que dizimam espontaneamente, seja no mundo cristão evangélico ou no judaico, também são muito mais realizadas e alcançam mais “graças”.

Tem uma notícia ruim nisso tudo. Não espere para ser generoso. Saber que deve sê-lo e não exercitar a atividade aumenta o potencial da ocorrência de novas tragédias.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Investidores e o Ensino Superior do Brasil

Tenho me dedicado a atividade de fusões e aquisições já um bom tempo e em diversas áreas. Ensino inclusive. Um aspecto que observo muito antes de apresentar os potenciais investidores ao pretenso vendedor ou vice versa, dependendo quem me mandatou, é fazer uma boa análise a respeito da compatibilidade das duas empresas, da sua cultura empresarial - do seu DNA. Observo se são complementares e assim haverá um reforço genético ao se juntarem, ou se a inoculação genética tende a gerar um monstro ou afetar o sistema imunológico do novo ser, normalmente implicando em degeneração de ambos. Faço isso mesmo quando se trata de uma aquisição integral, pois os princípios, apesar de se tornarem menos importantes, continuam sendo vitais. Assim, os negócios co m que tenho me envolvido tem sido muito bem sucedidos e gerado excelentes resultados para todos os envolvidos.

Existem algumas combinações genéticas muito interessantes, outras altamente perigosas e ainda as necessárias. Por exemplo, se o investidor não tiver no seu DNA a carga genética educacional, ou seja, já atue muitos anos nessa área e preferencialmente tenha nascido nela, na estratégica e, como se diria a alguns anos, caso de segurança nacional área acadêmica, sua a ingerência é uma das que chamo de perigosa. Ela deverá ocorrer, se tanto, com imenso cuidado e de forma incremental, dando-se um bom tempo aos envolvidos. Já no restante da gestão, especialmente a financeira, a sua expertise de administração profissional certamente é muito bem vinda. Outra área em que há necessidade de muito cuidado é o marketing.

Recentemente li um artigo do Prof. Niskier a respeito da presença de investidores na área da educação e a didática separação que fez entre mantenedora e mantida. Essa abordagem me fez perceber que o setor educacional, especialmente o superior, que tanta atenção tem atraído por parte de investidores, é possivelmente o único em que se pode realmente separar o negócio, a gestão, da operação propriamente dita, o que facilita juntar DNAs. O que pode ser uma grande vantagem, desde que os investidores se dêem conta disso.O Prof. Niskier toca num ponto importante com o qual concordo. Nenhum negócio é um simples negócio, muito menos o ensino. Ainda mais no Brasil. E isso tende a não ser entendido por investidores financeiros puros, com sua ótica exclusiva (ou seria miopia?) na importante, mas não definitiva e não exclusiva bottom line. Qualquer negócio sofre, decai, tende a virar um monstrengo, quando único critério valorizado na cultura de gestão passa a ser o quanto...

Se, por outro lado, o investidor tiver o DNA educacional como seu principal sistema genético e uma história de sucesso acadêmico, ao se aliar a outra instituição bem sucedida, o resultado será uma inoculação muito positiva. Ambos ganham e aprendem,desde que a miscigenação seja intensamente monitorada.

Já se a IES assumida for uma das que envergonham o setor, o comprador tendo o DNA educacional, a abordagem pode ser na linha vini, vidi, vinci. Até porque se ele vini e vinci sabe que, além da bottom line é importante a prestação de um serviço de qualidade, o modelo de gestão e o respeito aos envolvidos.

Existem ainda os casos em que um novo DNA é necessário. Para exemplificar me vem a mente o caso Ulbra. Uma instituição bem sucedida por muitos anos, com um fundador, mentor e gestor com uma história e capacidade realmente admiráveis. Mas, apesar de ser uma chamada confessional (ou será que justamente por isso?) e por razões que merecem uma analise especifica, o DNA se deteriorou. Se tivesse havido uma inoculação genética, há algum tempo, ela certamente proporcionaria benefícios para todos os envolvidos.

Como saber diferenciar entre possíveis predadores cuja carga genética tende a ser perigosa e os demais? Muito simples. DNA sadio implica em uma intensa atenção ao tema educação nas reuniões, mais da metade do tempo. DNA inadequado, é o contrário: apenas resultados interessam.

Como faz para saber se o intermediador vai respeitar o DNA e ficar atento a isso, também é bastante simples. Se ele estiver focado apenas na comissão, certamente qualquer DNA serve...

terça-feira, 17 de abril de 2007

Mestres e Doutores – Assassinos de empresários

Mestres e Doutores – Assassinos de empresários

Devido a falência, se não econômica, estratégica ou moral, do que nos outros países desencadeou e sustenta o progresso, no atual contexto brasileiro as instituições de ensino superior são, possivelmente, as únicas organizações, ou pelo menos as que mais podem contribuir, para que haja uma profunda mudança sócio econômica, para assim obtermos uma adequada justiça social e melhor distribuição de renda. A sua responsabilidade social é enorme. Essa é a razão pela qual decidi escrever esse artigo. O meu posicionamento é duro e direto. Se ele servir para obter apenas mais um aliado, fico satisfeito. A minha expectativa é bem maior. Espero que de uma campanha quixotesca, ela passe a ser uma cruzada.

Não tenho dúvidas quanto ao conteúdo. Durante anos tive contato, como consultor de gestão, com diversas entidades e me dei ao trabalho de observar inúmeras outras.

Segundo a ONU, que catalogou algo como 6416 profissões, a única delas que gera riqueza é a de empresário.

Qual a relação dessa constatação e o ambiente universitário, especialmente o brasileiro?

Como retribuição ao que me proporcionou o país em que nasci, tenho feito palestras e encontros com estudantes, visando estimular o surgimento de empresários, pois só com e através deles para termos a verdadeira justiça social. O empresário, ao se dispor a aceitar riscos, torna-se oportunidade para muitos.

Ao iniciar meus encontros pergunto o que os presentes querem ser no futuro. A grande maioria responde com formações típicas de empregados – enfermeiros, professores ou os quase empregados, autônomos vinculados a organizações como médicos, engenheiros. E quanto mais jovens, apesar de poucos, maior é a quantidade daqueles que dizem querer ser empresários. Esse número vai decrescendo conforme a idade e a formação avança. O pior índice é o final da graduação.

Era de se esperar o contrário. Que pessoas que lecionam no primeiro e segundo grau, até posso aceitar que não estimulem o espírito empreendedor, já que normalmente se limitam a aceitar empregos bastante limitados, mas no nível superior, deveria ser o contrário! A diminuição deveria ser revertida, a disposição de ser empresário deveria ressurgir.

O que, na minha percepção, já que pesquisa é coisa de mestre e dr., ocorre?

O número de professores frustrados com o que fazem, especialmente os mestres e doutores, mas que continuam fazendo, alienados da realidade e verdadeira necessidade de seus clientes, que são os alunos, é enorme. Infelizmente jogam essa frustração sobre pessoas ávidas em absorver modelos e referenciais para a vida. Estas o acabam fazendo, realimentando um ciclo vicioso e perverso.

Isso precisa mudar e para consegui-lo, devemos mudar a forma de avaliar as instituições de ensino. O atual critério, o tal de “conceito”, é completamente distorcido e dá a impressão de ter sido preparado por e para pessoas com interesses corporativistas, no que aceito até estar enganado, pois certamente houve uma enorme boa intenção no seu objetivo, mas a prática não a comprova.

Critério mais importante deveria ser: que futuro se proporciona, na prática para quem se forma? A avaliação deveria ser feita várias vezes – 1, 3 e 5 anos após o estudante estar formado. O argumento de não se ter o controle sobre a atitude do formando, não é válido. As pessoas passam anos à disposição, como alunos. Este tempo deveria ser usado para ensinar conteúdos válidos, para estimular e desenvolver a vontade de fazer, de ser, de ter e assim novamente poder ajudar o ser. No mínimo se formaria melhores empregados. Se os alunos conseguem absorver o negativo, o contrário também pode ser obtido.

Se houver apenas a preocupação por parte do professor, de cumprir horário, fazer algo que permita a sobrevivência para cumprir o seu ciclo biológico, se está cometendo um grande crime: o da mediocrização coletiva. A titulação não tem qualquer validade nesse caso e passa apenas a ser um instrumento pífio para poder dar “carteiraços” irresponsáveis.

Qual a responsabilidade dos reitores?

Total, pois as instituições são um reflexo deles ou com o que estão coniventes.

O que se pode fazer?

Nas ditas públicas, o corporativismo, que é o lado perverso do sadio espírito de corpo, é um grande impeditivo. A capacidade de fazer e obter mudanças por parte do reitor, precisa ser tão grande, que uma pessoa com essas características dificilmente se dispõe a ser um funcionário público.

Nas comunitárias, melhora um pouco pela proximidade da comunidade com a instituição e a cobrança que isso representa quanto ao seu papel. O fato dos dirigentes serem eleitos, os leva a proceder de maneira a aceitar muita mediocridade, para não perder votos, o que faz as chamadas “comunitárias” ter semelhanças com as públicas. Quando o reitor tem o perfil adequado, essas instituições são grandes multiplicadoras de inteligência e riqueza.

Nas confecionais de origem católica, existe uma certa ambigüidade em relação ao lucro, que acaba sendo transmitida para o professor (ou atraindo um certo tipo de personagem) e deste para o aluno, pois não é mais fácil um camelo passar pelo olho de uma agulha do que um rico entrar no céu? Mesmo que a tradução correta seja “amarra de barco” e não camelo, a culpa em ser rico continua existindo. Se estas pudessem contratar um reitor, algum profissional, um empresário que tivesse vendido sua empresa, alguém que tivesse feito história fora do ambiente universitário, isso contribuiria para outra postura da instituição e seus resultados. Essa observação vale também para as comunitárias.

Nas confessionais de outra origem – melhora a postura, mas especialmente pela questão da avaliação, o tal “conceito”, estar também baseado nos mestres e drs., no seu número, não na sua qualidade, estes acabam influenciando mais do que deveriam a cultura institucional. E como a estrutura psicológica destes não é compatível com o empreender, pois fazem questão de ser empregados, muito candidato a futuro empresário é massacrado e desestimulado, mesmo nessas universidades, pela frustração daquele que deveria ser caminho de progresso. Já que ele não tem a coragem de fazer, torna sua missão divina desestimular os outros a fazê-lo.

As privadas, seja qual for a cobertura usada para ter essa denominação, são as que de longe menos massacram. O reitor, normalmente é o dono e assim um empresário bem sucedido, com boas possibilidades, pelo seu nível de exigência, de atrair professores com uma estrutura psicológica sadia. Desde que exerça essa exigência. Quantos reitores fazem avaliações anuais de desempenho e eliminam os inadequados? Outro fator que contribui positivamente é que muitos professores destas instituições usaram a formação, o seu mestrado, doutorado, para evoluir profissionalmente e com freqüência estão presentes na iniciativa privada como executivos, empresários ou consultores. Com isso se expõe a avaliação mais poderosa que existe: o mercado. Os que buscaram seu titulo de mestre ou doutor, apenas por falta de vontade e disponibilidade para se expor a uma avaliação na dura realidade da vida prática, sem opção quanto ao que fazer por não querer enfrentar essa dura realidade, não se sentem bem nessas instituições, as deixam ou se tornam tão inconvenientes que são expelidos ou marginalizados. Tentam se transferir, e pior, até o conseguem, para aquelas onde o que vale é a titulação e não o ser instrumento de evolução.

Quanto mais sadio psicologicamente o reitor, o empresário que as dirige ainstituição, mais isso se reflete nos resultados, nos professores e alunos.

Como houve, não só percepção de oportunidade, mas também oportunismo, ainda sobrevivem alguns “reitores”, que não merecem a oportunidade que estão tendo – ser multiplicadores de inteligência e riqueza! Para saber se a pessoa é do tipo sadio ou do mediocrizante, basta analisar o quanto ela é conivente com o baixo desempenho, postura inadequada de professores, diretores, pro-reitores, insatisfação dos alunos quanto a seu futuro. No caso de aceitar medíocres no processo, independente da desculpa que usem para justificar essa atitude, eles não passam de donos de um tubo. De um lado entra um jovem esperançoso e do outro sai um pré-adulto frustrado, moído por um bando de frustrados que se aproveitam da pureza e ingenuidade dos jovens para massacrá-los. Jovens que muitas vezes passando por enormes sacrifícios pessoais e familiares, para obter essa ”passagem”, o que torna mais perversa ainda a situação.

Para mudar, pode-se começar pelo básico, ter, por exemplo, uma incubadora empresarial. Melhor se a instituição assumir empresas, de bom potencial, mas de pequeno porte, para que haja uma história para analisar, decisões a tomar. Pode-se colocar um responsável com uma boa história, por exemplo, um empresário que tenha feito sua sucessão, para coordenar o processo. Alunos e especialmente professores podem se experimentar na prática. Fica fácil avaliar quem tem condições e merece ser professor e quem não. E numa empresa, absolutamente todas as especialidades, podem se experimentar. Pode-se até proporcionar que um estudante de um curso muito distante do empreender, como biblioteconomia, descubra o seu potencial e vire, por exemplo, um editor. Atitudes assim inoculam a genética da instituição e modificam a cultura dela. Naquelas em que pude acompanhar, ou encontrei o processo implantado, o nível de satisfação, qualidade de vida, motivação, engajamento, de quase todos era muito bom. As pessoas eram felizes, bem mais felizes.

O que fazer com os mestres e doutores? Aqueles que se diferenciam e são multiplicadores de inteligência e riqueza (insisto ad nauseum nestas duas palavras, pois elas são decisivas), devem ser compensados adequadamente. Inclusive na sua remuneração. Para saber quem são, pode-se analisar sua história. Muitas vezes já tiveram oportunidade de demonstrar sua validade e constantemente o fazem, mesmo tendo estado sempre vinculados ao ensino. Para os demais, existem atividades que são bastante adequadas para pessoas com disponibilidade para a teoria, como pesquisa e desenvolvimento, desde que parte dos recursos necessários seja obtida pelo próprio interessado, em empresas ou organizações diferentes da sua, que se beneficiem dos resultados da sua pesquisa. Basta colocar essa regrinha e muitos já desaparecem, pois são bons em reclamar, invejar e enrolar. Podem ainda lecionar matérias que são “enche lingüiça” e que não comprometam a instituição em que lecionam e nem desestimulem os alunos a dar vazão a sua capacidade de fazer, de empreender. No entanto, uma parte deles, deve ser “levada” a buscar alguma atividade mais coerente consigo e com o país em que vivemos e suas necessidades, longe de pessoas normalmente com um bom nível de saúde psicológico, mas ainda frágeis nas suas convicções. Já que não se pode prendê-las por assassinato, pois ainda não é crime o assassinato psicológico, podem trabalhar, por exemplo, com os seus iguais – recuperação de criminosos nos presídios!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Vinde a mim o cliente

Vinde a mim o cliente
Muitas pessoas, mas mais intensamente as com especial inteligência ou habilidade técnica, tem verdadeiro pavor de ter que vender e principalmente ter que “se vender". Esse fenômeno é potencializado pelo que Nelson Rodrigues identificou no brasileiro em geral: sofre do “complexo de vira lata”, mesmo sendo lobo ou leão! Os mais sadios ainda tentam compensar essa postura com a filosofia: "vou fazer tão bem feito, que alguém já há de vir e comprar o que faço”. Isto até funcionou por um bom tempo. Hoje, seja pela globalização ou pelo fenômeno sociológico que for, não basta. Precisa-se ir ao mercado imbuído da necessária vontade de vender/vencer.
Essa postura de subserviência, de expectativa que um outro venha e “nos compre”, esse bloqueio interno, tem uma origem razoavelmente comum. Normalmente as pessoas que mais dão vazão ao seu potencial de fazer, criar, etc., e menos a de vender, são as que foram os filhos prediletos das suas mães. Prediletos mas usados como compensação, para suprir alguma necessidade imatura dela.
Principalmente quando se é um destes, se está acostumado a ser servido. E pela mãe, a mulher mais importante do mundo, pelo menos para aquela pessoa! Como reciprocidade, tende-se a fazer bem feito aquilo que é prioritário para quem nos ama especialmente. Isso vale inclusive quando existe desvio de conduta. Muitos deles, pelo menos dos que eu pesquisei, eram apenas uma correspondência à um desejo, inconsciente que fosse, de uma mãe! Às vezes a figura dela pode ser substituída por uma professora, uma avó ou até uma madrinha. Mas sempre existe.
Uma vez que se está acostumado a ser servido, quando se deve servir alguém que não nos ama, como é o mercado, principalmente no início, nos sentimos incapazes, pequenos, traídos. Não é nenhum acaso, que muitos empresários, bem sucedidos e não só economica-mente, numa certa época da sua vida terem sido garçons ou vendedores.
A grande vantagem, quando a pessoa se supera (o que é algo interno, pessoal, que ninguém vai fazer isso por ela!), quando treina, repete, vai de novo, não desiste nem na enésima vez em que não é bem sucedida, num certo momento, “vira a chave”. Todos os que não desistem, apesar das armadilhas que eles mesmos se armam, que superam o bloqueio, se tornam vendedores/vencedores! A megera horrível e feia, como percebem o mercado, vai se transformando numa fantástica mulher, cada vez mais disponível, atraente e com melhores retornos.
Onde está a importância disso tudo? Ser empresário é uma arte superior. Mesmo que a pessoa seja empresário de si mesmo, como são os médicos, os agricultores, por exemplo, ela deu vazão, apenas parcial muitas vezes, ao potencial com o qual os todos os seres humanos nascem. Essa arte é tão bela e qualificada, como é a dos grandes pintores, músicos, etc., com uma característica a mais: ela é o braço operador da Providência Divina, pois o empresário se torna oportunidade e fonte de crescimento de outros e não apenas dos empregados diretos. Por exemplo, sem empresas, não existem impostos que sustentam tantas e tantas outras pessoas.
Qual a atividade mais nobre, mais difícil na superior arte de empresariar? Vender! Portanto, deve-se buscar a venda sempre. Sem jamais se humilhar, pois afinal não se é nenhum vira lata que implora por comida. Vender engloba desde conseguir que nos recebam e deixem demostrar o nosso produto ou serviço, até mobilizar outros com idéias e ideais. E uma vez recebidos, ou na liderança de algo, se não comprarem ou se não nos seguirem, isso significa que é preciso se aprimorar mais ainda. A chave ainda não está “virada”.
Certamente vale a pena, persistir, pois é enorme o crescimento econômico, social e especialmente pessoal (o que tem a ver com felicidade…), que aguarda os que romperem o bloqueio. Olhando depois para trás se verá que não foi tão difícil assim.
O que fazer? Basta se lembrar do que diz uma versão melhorada de um velho provérbio: para uma grande caminhada é necessário dar tantos primeiros passos quantos forem necessários…
Harry Fockink harry@fockink.com.br

Quem tem medo das privatizações?

Quem tem medo das privatizações?

Em toda a véspera de eleição ocorre sempre a mesma gritaria. São os funcionários das empresas estatais, de seus sindicatos e outros interessados, querendo conseguir um compromisso público dos candidatos a favor da manutenção das empresas nas mãos do Estado. Isso sem contar as estratégias eleitoreiras.

Tirando essas últimas, um tempo achei que eram apenas corporativismo e defesa de benesses, mas recentemente, ao ter contato com um conceito chamado de "QA - Coeficiente de Adversidade" criado por um cientista americano, Dr. Paul Stoltz, vi que era muito pior do que isso.

Coeficiente de Adversidade, segundo o Dr. Stoltz é a capacidade e o tipo de reação dos seres humanos perante os problemas, em média 25 significativos por dia. Todas as pessoas têm o seu QA, mas com grandes variações entre si. Quanto menor, piores as reações e maior o risco da pessoa se desequilibrar, se imobilizar ou reagir negativamente perante a adversidade. Por outro lado, quanto maior, melhor reage.

Foram realizados levantamentos em diversos lugares e em breve isso deverá ocorrer no Brasil também. Algumas evidências devem confirmar situações similares a de outras culturas. Pesquisas informais, análises dos dados dos outros países, conversas com o Dr. Stoltz e leitura dos seus livros indicam que aqui também a gritaria contra a privatização transcende negativamente o corporativismo. É algo doentio e perverso.

O pior QA médio é encontrado no ambiente público – eis porque precisam “cláusulas pétreas”, que impedem a dispensa de funcionários e distância do sadio nível de exigência do ambiente privado. Como normalmente são pessoas inteligentes, pois passaram por algum concurso difícil, a pergunta a ser feita é: escolheram algo assim porque já tinham QA baixo ou ele foi reduzido em função do ambiente? No fundo, tanto faz.

O doentio está no funcionário ser conivente com algo assim, pois o seu QA não é cada vez mais baixo apenas no e para o trabalho, mas para a vida. Ele perde em qualidade, graça, prazer, evolução e como gerador de benefício social. O perverso está na cumplicidade do restante da sociedade em manter uma situação mediocrizante.

O que é ruim para todos, pois o baixo QA médio de quem trabalha nas empresas, seja as “do povo brasileiro” ou outras, faz com que o serviço que prestem tenda a ser inadequado, ou caro, ou... Invertemos todos os valores – quem deveria servir, por que não quer ser confrontado com adversidades, tende a apenas se servir.

Quanto à escala do QA, em seguida, ainda entre os piores (quartil inferior), vem o meio acadêmico. Outra péssima notícia – capacidade de superar adversidades baixo, justo no ambiente onde se deveria formar positivamente o caráter dos nossos jovens! Isso explica a enorme resistência a mudanças neste ambiente (mudar gera adversidades) e o fato de formarmos tantos jovens voltados a passar em algum concurso ou serem empregados.

Segue o QA encontrado na base da pirâmide operacional das empresas privadas, depois vem o da sua gerência intermediária, então o da chamada “alta gerência”. Este é similar aos dos pequenos e médios empreendedores independentes. O mais alto QA médio é o dos empresários. Este último sempre tem sido o maior em todos os países, o que é bastante óbvio.

Didaticamente, quando alguém de QA baixo encontra seu carro com o pneu murcho, se lamenta profundamente e o restante do seu dia está estragado. Ocorrendo o mesmo para uma pessoa com o QA alto, ela simples e automaticamente troca o pneu e reorganiza mentalmente suas atividades adequando-as ao novo cenário. Ou seja, o mesmo episódio para uma pessoa é uma tragédia, para a outra, apenas um transtorno. Isso considerando um problema menor. Imagina quando esses são maiores.

Esse “pequeno detalhe” – como a pessoa reage perante a adversidade, proporciona uma enorme diferença na qualidade de vida e na sua preparação para ela e quanto receia o nível de exigência do ambiente privado. Napoleão dizia – tragédia ocorre quando morremos. Se não é esse o caso, é apenas um transtorno ou uma oportunidade a mais.

A notícia boa é que o próprio Dr. Stoltz também desenvolveu uma metodologia bem acessível e simples para melhorar o QA. Se só o fato de saber que algo assim existe, já faz com que se mude, imagina o que ocorre quando há uma preparação para isso. Um boa parte de como proceder pode-se encontrar nos seus livros traduzidos inclusive para o português.

Elevar o QA é benéfico para pessoa, a sociedade como um todo, pois melhora imensamente a qualidade de vida. De todos, independente onde e com o que se trabalhe, pois o dono do capital não deveria importar, apenas a filosofia e o DNA empresarial.


Ter esse conhecimento e continuar a ser partícipe ou apoiador da não privatização nos torna coniventes com a desgraça alheia e perversos conscientes, algo muito ruim e segundo os adeptos da filosofia oriental, gerador de karma. A consciência para os dependentes do emprego nas empresas, estatais ou não, por baixo QA, e que o querem manter assim, tem implicações muito negativas. Amplifica o risco das suas frustrações se ampliarem mais ainda com as 25 “tragédias” diárias e assim somatizarem algum câncer ou outra doença psicossomática.

Harry Fockink harry@fockink.com.br

Pelotas apenas com o ônus.

Pelotas apenas com o ônus.

Antes que alguém pense em fazer um trocadilho de mau gosto com o título do meu artigo, vou explicar: estou intrumentalizando essa simpática cidade para demonstrar minhas observações sobre a nossa cultura de pouquíssima agressividade comercial.

Os gaúchos são a maior mistura racial do Brasil e talvez do mundo. O que proporciona muitas coisas boas, como o senso estético e criatividade dos italianos, a capacidade de trabalho dos alemães, o respeito a cultura dos portugueses, o "deixa comigo dos espanhóis/argentinos, etc., etc.

No entanto, não ficamos só com o lado positivo, pois se assim não fosse, já teríamos “tomado conta do mundo”.

E nesse caldo de cultura vamos encontrar Pelotas, que tem em excesso tudo o que se apregoa que falta para o Brasil evoluir, dar certo. Educação superior, escola técnica, história, cultura, recursos, apenas para citar o básico. Por que então Pelotas não “dá certo”, se o Brasil daria se tivesse isso tudo? Tem algo que vem antes. A atitude. Sem ela, não adianta o resto.

A dificuldade em ter a “atitude” adequada, em Pelotas, é mais forte que em outras regiões, que nem de longe tem a base dela, devido a perda do primado econômico e social, ou seja, já estiveram “por cima da carne seca”. Tanto que essa expressão deve ter surgido lá nas charqueadas e perderam essa posição para a indústria e serviços de outros locais. Jamais perdoaram isso, só que ao invés de retomar o primado por competência, superação, tenta obtê-lo derrubando a quem os superou e se lamentando por não conseguir.

Para mudar, só com outra “atitude”. Podem começar em transformar em bônus o conceito que tem, e que faz com que o pelotense evite dizer de onde é. E não só no Brasil. Basta começar a usar a seu favor, essa imensa divulgação gratuita que se faz deles. Além de evitar as brincadeiras quanto a sua opção sexual, iriam criar muitas oportunidades de desenvolvimento, pois se existe um mercado consumidor, que não está sujeito a crises, é o do público GLS. E para Pelotas, ele está de “mão beijada” (mão, por favor!), basta comunicar que quer, que aceita servi-lo.

O momento para tratar do tema é propício, pois de um lado, tem realizado as mais bem sucedida Fenadoce da história. Conseguiram trazer até o Presidente da República – aquele mesmo que disse que eles exportavam veados – lembram? De outro, em São Paulo ocorreu a maior passeata GLS do mundo. Juntemos as duas coisas e façamos negócios!

O potencial é imenso. Sem grandes e onerosas campanhas, alguma criatividade, embalagens diferenciadas para os bons produtos que hoje já oferecem, desde seus doces, enlatados, indo para o turismo, congressos, feiras e exposições. E um pouco de agressividade comercial. Se o brasileiro em geral tem vergonha de vender, o pelotense mais ainda.

Certamente, algum dia, alguém transformará Pelotas e sua fama em negócio. Possivelmente seja “de fora”, enquanto os de lá vão ficar se lamentando. Mesmo assim, alguns benefícios terão. Estes podem ser muito maiores se uma das muitas associações empresariais de lá encampar o projeto. Aliás, outro fenômeno inaceitável – as associações, ao invés de se aliarem - ficam fazendo “concurso de beleza”, entre elas, diluindo o esforço que é feito. Bem coisa de pré-adolescente que fica competindo “quem tem o maior”. Depois não querem ser conhecidos pelo conceito que qualquer criança no Brasil sabe qual é...

Harry G. Fockink Mentor da Universidade do Churrasco, Empresário e Vendedor

Mamãe, Cadê Você?

Mamãe, Cadê Você?

Queira você ou não, o relacionamento que teve ou tem com sua mãe define positiva ou negativamente muito da maneira como empreende hoje, independente da sua idade, por isso talvez seja necessário decidir “romper o cordão umbilical”.
Por exemplo, muitas pessoas chegam à idade adulta com um grande pavor de “ter que vender” e, pior ainda, “ter que SE vender”. Algo que deveria ser natural é encarado como uma terrível obrigação. Apesar de aparentemente ajudarem, a inteligência e habilidade técnica, muitas vezes só complicam mais ainda esta situação.
Inúmeros são os que tentam fugir do “monstro” da venda com a filosofia: “vou fazer tão bem feito, que alguém há de vir comprar o que faço” e “quanto melhor fizer, mais compradores virão!”.
Por um bom tempo, isto funcionou, mas atualmente não basta mais, seja devido à globalização ou a outro fenômeno econômico ou sociológico qualquer. Hoje, mais do nunca, é preciso, é questão de sobrevivência ir ao mercado repleto da vontade de vender/vencer.
É difícil? Na história individual de cada empreendedor, é razoavelmente fácil determinar a origem esse bloqueio interno, dessa postura de subserviência, que nos coloca na perene expectativa passiva de que um outro venha e “nos compre”, uma postura semelhante a dos empregados que afirmam que a empresa “os contratou” agora deve pagá-los, como se isso fosse uma relação unilateral, ou pior ainda a postura de funcionários que por terem passado num concurso, não se julgam obrigados a dar nada em troca pelo que recebem no final do mês.
Normalmente as pessoas que mais dão vazão ao potencial de fazer, criar, etc., e menos àquele de vender, são as que foram os filhos prediletos das suas mães. Eles foram acostumados a ser servidos, em troca de pouco ou quase nada, pela “mamãe, a mulher mais importante do mundo”! Em troca de todo aquele serviço de 1a. Classe, tendem a fazer bem feito somente aquilo que é prioritário para a “mamãe”, não precisam mostrar para mais ninguém. Os dois se bastam...
Neste caso será a mãe a definir as prioridades, que poderão ser “deixar o quarto arrumado”, ou seja, basta ser organizado, “tirar boas notas no colégio”, ser dedicado, “não falar palavrão”, ser educado, “se comportar direitinho”, ser gentil, etc. Enfim, “basta que se faça as coisas bem feitas para ser aplaudido, amado”, pensa quem, possivelmente, não terá grande futuro como empreendedor, mesmo apenas em formação.
Às vezes a figura da mãe pode ser substituída por uma professora, uma avó, uma madrinha, mas sempre existe. Pode até mesmo ser um homem, que faz o papel da “mãe que serve” e define o que é dado em troca pelo serviço.
Uma vez que alguém se acostuma a ser servido, é duro quando a situação se reverte e ele deve servir alguém que não necessariamente o ama, como é o mercado. De certa forma devemos assumir um pouco o papel da “mãe que serve” e o mercado é o filho que precisa ser conquistado com persistência para um dia “retribuir todo amor que lhe foi dado”. Ai sim numa relação sadia e não como a que muitas vezes é estabelecida entre mãe e filho.
No início, pela falta de experiência e muitos maus hábitos que levam à passividade, nos sentimos incapazes, pequenos, traídos. Este é o momento em que muitos choram e até gritam interiormente: “mamãe, cadê você?”. E o silêncio frio e cortante é a única resposta recebida.
Não é nenhum acaso, que muitos empresários bem sucedidos, não só financeiramente, em uma certa época preparatória de suas vidas foram, por duras contingências, garçons ou vendedores. Ou não tiveram mães ou estas foram duronas, como é o caso do bilionário Richard Branson, da Virgin Records e Airlines, como ele mesmo conta em “Perdendo Minha Virgindade”.
A grande vantagem da pessoa que se supera, algo que é uma experiência interior, pessoal, única e exclusiva, seja por que forma for, é que quando se acostuma a ir além daquele momento em que “chorava silenciosamente ou ficava aos berros, porque a mamãe não me ouviu!”, ela treina, repete, vai de novo, não desiste nem na enésima vez em que não é bem sucedida, até que, em um determinado momento, o “cordão umbilical se rompe” e o mercado passa a lhe corresponder positivamente.
Todos os que não desistem, que superam seus próprios bloqueios, apesar das armadilhas que se auto-impõem, tornam-se vendedores/vencedores! Eles conseguem conquistar o mercado. Aquele filho indiferente e meio autista se transforma em outro extremamente atencioso, carinhoso, amoroso, cada vez mais disponível e com melhores retornos.
Onde está a importância disso tudo?
Ser empreendedor, com condições para evoluir a empresário é uma arte superior. Mesmo que a pessoa seja empresária de si mesma, como um médico, advogado ou agricultor, quando ela dá alguma vazão, muitas vezes ínfima, parcial, ao grande potencial com o qual todos os seres humanos nascem. Empreender, essa arte é tão bela e qualificada, quanto a dos grandes mestres da pintura, música, escultura, etc., mas com uma característica a mais: ela é o braço operador da Providência Divina.
Todo empresário que não desiste acaba se tornando oportunidade e fonte de crescimento para muitas pessoas. Sem empresários não existem “empregos”. Esta é uma promessa que todos os governos fazem, mas que só os empresários podem cumprir. E não são apenas os empregados diretos que se beneficiam da vitória daquele empresário que se superou. Sem empresas, não há impostos, que sustentam tantas e tantas outras pessoas, inclusive aquelas que compõem o próprio governo que promete os empregos.
Qual é a atividade mais nobre, mais difícil e mais importante, na superior arte de empresariar? Vender!
Deve-se buscar a venda sempre, com humildade, mas sem se humilhar, pois afinal não se é nenhum “vira-lata que implora por comida”, como Nelson Rodrigues diria.
Vender engloba desde conseguir que nos recebam e assistam demonstrar o nosso produto ou serviço, até liderar outros com idéias e ideais. Uma vez recebidos, se não comprarem ou não nos seguirem, isso significa simplesmente que é preciso se aprimorar mais ainda. O “filho” ainda precisa ser conquistado. Ou se quisermos, a “mãe mercado” ainda é uma megera, uma madrasta. A lição de casa, o quarto ainda não está bem arrumado!
Certamente vale a pena persistir, como uma mãe que quer conquistar o amor de seu filho. Aliás, acho que esta é uma das razões porque as mulheres tem sido cada vez mais bem sucedidas como empreendedoras. Está na hora de todos nós aprendermos a ser “mães” e deixarmos de ser “filhos que devem ser conquistados”. Até para honrarmos aquela pessoa que tanto nos amou e por excesso de amor, tanto nos prejudica, algo que se já frustra a nós, imagina a ela. Ao proceder afetivamente como o fez ela afinal, queria a nossa felicidade. E nada melhor do que fechar vendas para isso!
O crescimento que aguarda os que rompem o “cordão” é enorme, seja do ponto de vista econômico e social, mas especialmente do pessoal (felicidade!).
Depois, ao olhar para trás, poderá se ver que não foi tão difícil assim. Muito já se sabia sobre “como servir” ao ter observado por vários anos aquela “mãe que servia” quando ainda éramos crianças.
O que fazer?
Basta parar de chamar a “mamãe!” e se lembrar de assumir a postura que ela teria diante do mercado que você deseja conquistar.
Harry Fockink harry@fockink.com.br